quinta-feira, 29 de outubro de 2015



Houve aquele instante em que no meio da multidão algo me puxou para a magnificência do teu sorriso e nessa fração de segundo amei-te com a esperança de te poder amar dessa forma todos os segundos da minha vida..
Acredito que não precisamos de conhecer para amar, mas que o conhecer pode deitar por terra um grande amor, tudo é tão puro quando simplesmente deixamos   um sentimento puro fluir dentro de nós sem que haja lugar a contrapartidas , cobranças , desconfianças e desilusões, amarmos só porque sim , só porque temos  vontade disso, nem que seja apenas por uma fração de segundo.
E foi assim que te amei, que amei o teu sorriso, que amei o teu olhar e amei a forma como me desprezaste quando te disse olá ... Amar também é isso, amar a honestidade da pessoa em não querer nada connosco, em nos colocar no nosso lugar para nos lembrar, que por vezes o amor só tem um sentido e esse sentido é amarmos sozinhos. Eu não me importo de te amar sozinho, faz-me sentir vivo, faz-me sentir que no meio de tanta porrada sentimental, ainda há uma réstia de humanidade cá dentro, afinal de que serve uma vida sem amor, mesmo  que seja sozinho?
Amo-te até no adeus, sim porque sem abrir a boca disseste adeus e eu despedi-me de ti da mesma forma, com a certeza de que ali acabou este grande amor de um só sentido , que durou apenas  enquanto estivemos perto um do outro e que nesse adeus tive a certeza de que possivelmente jamais te voltarei a ver, restando apenas esperar que olhando para a frente um dia algo me volte a puxar para a magnificência do teu sorriso e que da próxima vez surja um amor de ida e volta.

Por Sandro Saldanha

*Todos os texto registados na S.P.A.