segunda-feira, 4 de maio de 2015

Um dia agarro e obrigo-te à minha presença, talvez assim consigas entender que por mais que o sol brilhe, sem o teu sol nada brilha à minha volta, Já te disse que na sombra das tuas pestanas encontrei o mais belo dos Sóis?
Ontem passei à porta daquele bar onde nos conhecemos , sabes bem de qual eu estou a falar não sabes? Aquele em que esperava por ti à porta , aquele onde todos e todas paravam quando tu chegavas porque ser belo assim só pode ser obra de um ser mais elevado ,ninguém é assim tão belo, se não for dádiva de certo tem de ser pecado .Essa mesma porta onde fiquei à tua espera semanas a fio e tu nunca mais voltaste.
Ontem passei lá à porta e tudo é diferente, o Bar já não existe, as portas estão cobertas por uma densa vegetação, tenho cá para mim que elas tapam cada uma das lágrimas que lá deixei cair por ti…Já te disse que cada lágrima minha que caiu por ti, secou um pouco do meu coração?
Hoje fui tomar café naquele castelo onde vimos juntos pela primeira vez o nascer do Sol, não aquele que brilha nos teus olhos, mas sim aquele a quem todos chamam Sol e que nessa manhã até ele ficou com inveja do teu brilho, do teu sorriso e do nosso primeiro beijo. Tenho a certeza que cada pedra desse castelo guarda dentro dela a imagem desse beijo e das palavras que segredamos ao ouvido um do outro .Já te disse que cada mentira que me disseste matou aos poucos a verdade em mim.
Amanhã vou até aquela praia onde fizemos amor pela última vez ,aquela onde gritaste “amo-te “quando te fiz vir, aquela onde nem a Lua apareceu com vergonha ou com inveja do nosso amor, aquela onde as ondas pararam de bater na areia para ouvirem os nossos gemidos e a nossa loucura perdida no meio da noite, aquela onde te vi pela última vez!!Deixa que te diga algo que nunca me deixaste dizer..
Nessa noite morri e apenas tu sabias disso!


Sandro Saldanha

20 Ago 2014

*Todos os textos Regitados na Sociedade Portuguesa de Autores

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